Você deve estar se perguntando: como assim? Uma pessoa com 50 anos desde os 18? Nasceu velha?
Nada disso.

Eu nasci com coragem.

Aos 18 anos, fiz minha pequena mala e saí de casa. Sim, saí. Sou de uma geração em que muitas meninas tomavam essa decisão como forma de sobrevivência.  não por rebeldia, mas por não aceitarem as repressões impostas por pais autoritários.

Fui julgada, como tantas outras… mas tudo bem. Faz parte.

Sou Aléxia Gurgel. Tenho 56 anos, prestes a completar 57, e sigo com o espírito de uma jovem de 18.

Filha de um militar rígido e de uma professora submissa por imposição da época, sempre fui a “ovelha negra”.

Nunca gostei de seguir “bandos” preferi seguir minha intuição. E que sorte a minha ter feito isso.

Não incentivo ninguém a sair, claro. Mas, na minha realidade, foi o único caminho que encontrei para sobreviver e, principalmente, para viver de verdade.

Desde muito cedo, assumi responsabilidades de gente grande. Por isso digo que tenho 50 anos desde os 18: vivi cedo demais, amadureci rápido, e abracei a vida com todas as forças.

Aos 50, algo mudou profundamente: o entendimento. O conhecimento que fui acumulando se transformou em sabedoria. E o amadurecimento veio como um presente.

Mas por que me sinto com 18?
Porque sigo fazendo o que fazia naquela idade: com a mesma disposição, alegria, vitalidade e amor pela vida,  agora com a serenidade e o olhar profundo que o tempo me deu.

Foi esse sentimento que me impulsionou, há cinco anos, a criar o projeto “50 Mais”, com o propósito de inspirar pessoas a viverem de forma plena em todas as fases da vida.

Fiz Educação Física nos anos 90.
Mais tarde, realizei outro sonho e me formei em Moda.
Morei em diversos estados, viajei para outros países e ainda quero muito mais.

Adoto uma alimentação funcional, estudo comportamento humano, adoro aprender sobre o cérebro e como ele funciona. Aos 50 anos, descobri que tenho TDAH. (ultimamente parece moda dizer que tem TDAH, mas te digo, não estou na moda, estou ainda lutando)

E, ao invés de me limitar, essa descoberta me libertou.

Passei a rir de mim mesma, a entender minhas particularidades e a ver nelas  uma grande chance de construir tudo o que antes me procrastinou… Hoje, amo a minha diferença, não a romantizo, mas amo acima de todo preconceito.

Em 2016, aos 48 anos, tive um momento de virada. Recém-separada de um casamento de quase 15 anos, sem filhos, longe do mercado de trabalho há muito tempo… me vi num ponto de interrogação:   “E agora?..      Quem irá me salvar?    CHAPOLIN COLORADO?”

Foi então que iniciei uma nova relação — comigo mesma.
Voltei a estudar, a treinar, a me dedicar à minha saúde física e mental.
Reforcei minha filosofia: o ser humano é um ser holístico. Corpo, mente e espírito precisam caminhar juntos.

Quando cheguei aos 49 anos, me sentia tão bem que mal percebi que estava prestes a completar 50.
E foi nessa fase que as pessoas começaram a me perguntar:
“Qual é o seu segredo?”

Comecei a compartilhar minha rotina nas redes, ainda sem muita intenção.

E o que mais me surpreendeu, foi o  interesse dos jovens,  que me escreviam dizendo que queriam chegar aos 50 como eu.

Foi assim que criei o Instagram alexia.gurgel.50mais.

atualizado para: @universo50mais e

@universo50maisviagens

E mais tarde, o podcast “50tando com Aléxia Gurgel”.

Porque minha missão só está começando.

A vida não para aos 50. Ela floresce.

Hoje, sigo inspirando pessoas a se reconectarem consigo mesmas, a cuidarem da sua saude física mental e principalmente espiritual.  a acreditarem no seu potencial, a buscarem o que faz sentido. E isso me move.

Inspirei-me no símbolo  Triskle, que representa a tríade essencial da vida, Corpo, Mente e Espírito para criar o meu projeto e sigo no mesmo caminho.

Vivemos em um mundo que muitas vezes cultua imagens irreais, padrões inalcançáveis, e empurra pessoas para a frustração e a comparação. Mas eu estou aqui para lembrar que autoconhecimento vale mais do que aparência. E viver vale mais do que agradar.

Meu objetivo é mostrar que dá para recomeçar, que vícios não compensam, que se amar é revolucionário e que viver intensamente é o maior presente que podemos nos dar, todos os dias, não importa a idade.

Porque a vida vale a pena. E ela é, sim, muito melhor depois dos 50.

Então… vem comigo?

Essa viagem só está começando  e, com você ao meu lado, ela fica ainda mais bonita.